quinta-feira, 18 de abril de 2013

(In)evitável

Se a gente pudesse sair da rotina, do dia da semana, dos dias úteis e feriados, das datas, dessa sequência de datas importantes. Se a gente pudesse trocar tudo. Se tanto fizesse se você vai achar alguém ou não, se aquilo vai terminar bem ou não, se não vai dar certo. Se pouco importasse se a pizza de hoje vai engordar amanhã. Se tudo que era pra ser acessório, bônus, ítem opcional, todo o excesso que teimamos em priorizar, nos agarrar e pensar que não vivemos sem, se isso tudo, de fato, não importasse?

O que seria? Como seria?

Acho que não sobraria nada, e esse tal de "viver o hoje", esse tão sonhado "viver cada dia como se fosse o último" finalmente se provasse impossível. Eu não acredito nisso, não dá.

Por mais "desprendida" que seja a pessoa, não da pra não pensar no depois. No máximo, ignorar a possível dor do depois, virar pro espelho e falar: olha, eu vou fazer essa merda, vou tocar o foda-se e fazer o que eu desejar, vou extrair desse dia cada gotinha de mel que ele puder me oferecer, e eu acho que vale a pena. Que é melhor do que ficar na zona de conforto. Mas vale a pena até certo ponto. Até que você não faça mal a outra pessoa. Querer ser feliz é uma coisa, fazer outra pessoa sofrer mesmo não tendo a intenção pra ser feliz, é outra.

Mas aí vem outra pergunta: Qual é a onda do ser humano de não largar o que não faz bem? Simplesmente sair pela porta da frente e não voltar mais, voltar pra quê? Pra que meu Deus?

Ah, eu saio. Mas se eu sair e ele sair também? E se ele me esquecer também?
E daí se ele esquecer? Você não vai mais estar lá pra ver, isso não vai influenciar em mais nada na sua vida. Sabe por quê? Porque notavelmente não te faz bem. Não me faz bem. E pra que sentir falta do que deteriora?

O que era bom passou, tá? O presente é o que ta ruim, e não, o que era bom ERA bom, não é mais e nunca mais vai voltar, feliz ou infelizmente. É assim.

Não sei em que momento da vida, e por que, aprendemos que insistir é sempre a opção mais nobre, "lutar!". Pela carreira, ou por um objetivo até que vai, mas não deveria ser necessário lutar pra ter alguém, no máximo é tentar sempre falei sobre isso se tornar digno e merecedor de ter essa pessoa ao seu lado, não ficar se matando, se tem em mente que fez tudo o que pode, tudo que estava ao seu alcance para que desse tudo certo e não deu, paciência, é assim mesmo. Quanto mais o tempo passa mais eu acho que as coisas estão predestinadas, por mais que seja triste pensar assim e maior que isso, seja injusto e broxante achar que nada que você faça pode mudar o "destino". Mas essa é a única explicação óbvia para que algo que mesmo você tendo feito o máximo, perfeito, dê tudo errado.

Pessoas tem vontades, livre-arbítrio, desejos. Mas nunca o poder de manipular sua vida sem o seu consentimento. Jamais o direito de tratar alguém com falta de respeito.

Uau, descobri o Brasil agora! kkkkkk Mas as vezes cai a ficha de coisas super óbvias que pareciam não existir antes, como um problema de mecânica sem pé nem cabeça e eis que chega alguém com a fórmula, e a minha fórmula, foi a Marina.

Eu me odeio muito pelos meus defeitos que só fazem mal a mim mesma (redundante ou não). Mas também sei que... são dias e dias. E lembro de dias como a madrugada de domingo pra segunda que achei que o mundo definitivamente ia acabar e que a dor e o desespero iriam continuar tapando minha respiração até que eu sufocasse, aí eu chorei 4 horas e meia, dormi, e acordei com a cabeça doendo, tomei um analgésico, e olhei a minha volta, nasceu outro dia, preciso caminhar.

Usar um pouquinho desse apego a tudo, a minha felicidade, ao meu eu, à Priscylla, não o que eu estava pensando, auto estima em relação a beleza física, a se sentir bonita, mas a auto estima em relação a pessoa que eu sei que eu sou.

E a moral de toda essa história é só uma, estamos condenados às dúvidas. Desde à escolha de levantar ou apertar o soneca no despertador do celular, até o sim do quer casar comigo. E antes de fazer qualquer coisa, ter a plena certeza do que realmente quer. Atitudes tomadas por decisões erradas podem trazer grandes consequências. E tendo plena consciência disso, talvez seja uma boa repensar melhores ocupações pra nossa mente. Mas quer saber, o medo do amanhã, ah... esse é inevitável. Pelo menos pra mim.

Boa tarde!!

2 comentários:

  1. Sabe quando a gente está num exercício muito difícil, complicado demais, tão desgastante que a gente chega a pensar em desistir, e começa a pensar que a gente é incompetente, a fazer desenhos nos cantos da folha, a escrever o próprio nome umas 30 vezes? E, OH. Parece que, do nada, há tamanha fluidez e a certeza de que, não bastasse o óbvio, a gente é capaz, a gente pode e (até) deve passar por desesperos, dores de cabeças quase incuráveis e preocupações inacabáveis pra poder chegar na certeza e/ou no fato mais cabível, na decisão e na atitude mais adequadas.
    Obrigada por me fazer sentir importante, por saber que faço diferença pra você, é muito bom saber que posso fazer uma amiga se sentir bem, a se sentir mais ela mesma.
    Você é linda, amiga.
    Seja sempre você.

    ResponderExcluir
  2. Olha só você me fazendo chorar de novo!! Você faz sim a diferença na minha vida, você é incrível. Mo ni fe!!

    ResponderExcluir