terça-feira, 20 de agosto de 2013

A situação é:

Excluir da minha vida, completamente, a pessoa com quem convivi por tanto tempo, assim, de um dia para o outro, não foi nada fácil. Mas, aqui, estou falando de mim, que não estava preparada para o fim do relacionamento e que fui surpreendida por uma decisão unilateral. Por mais que tenha sido compreensiva, mesmo sem concordar, e que o término não representasse para ele o fim de uma amizade, o foco aqui sempre foi desapaixonar daquele que não me amava mais. Pelo menos, não como eu gostaria. Bloquear essa pessoa das minhas redes sociais poderia ter sido um começo. A medida, aparentemente radical, iria me ajudar a fugir daquela verdade de que a vida dele continua muito bem sem mim. Não era para sempre. Não precisava ser. Mas, naquele momento valeria ter tentado, e não tentei.

No relacionamento, acabei abrindo mão de uma coisa ou outra que fazia parte da minha rotina, antes do namoro. Aquele encontro semanal com as amigas, aquela liberdade de poder escolher ficar em casa em um sábado, de não precisar dar satisfação de certas atitudes, ou o contato com um bom amigo, mas que precisei manter certa distância. Cheguei a não perceber do que abri mão. Afinal, a rotina ao lado dele também era gostosa. Mas, resgatar esses compromissos comigo mesma, que eram só meus, consolou e confortou o coração.

O fim do relacionamento nunca me causou certo desânimo, nadei contra a maré e fiz desse momento o mais produtivo da minha vida. Trabalhar, encontrar com pessoas, engajar-me em novos projetos. Criar e trabalhar são sempre ótimos refúgios. Cuidei de mim. Aproveitei para tocar aquela ideia que estava perdida entre os compromissos do relacionamento.
Fiz e ainda faço viagens. Vale qualquer destino. É muito gostoso programar algo tão esperado. O importante era eu aprender a estar sozinha ou, pelo menos, sem ele. Cheguei à conclusão de que alguns programas que fazíamos juntos não precisam sair da minha rotina. Só mudei de companhia.

Amor com outro amor se cura... 

Foi um exagero falar de amor, mas um colinho nesta hora ajudou e muito. Jamais iria me envolver ou iludir ninguém com falsas promessas, não, não é isso. A questão é que, pós término, fica-se super carente mesmo com a ajuda dos amigos. O que estou querendo dizer é que me dei à chance de conhecer melhor outras pessoas. Quer dizer, dei a chance de me envolver com aquele que há um tempo já tentava chamar minha atenção e que sempre fez de tudo pra estar comigo e eu não percebia.

E a moral desta história é: estou vivendo. Trabalhando, viajando, saindo, me apaixonando por aquele que não gruda, que não cobra, que não tenta me fazer ciúmes, que não joga comigo, que pensa no futuro como eu penso, que quer ser alguém na vida, que leva muito a sério a vida acadêmica, que brinca, que dança, que bebe, que faz carinho e que espera por mim...

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